segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cancro do Pulmão

Os pulmões são órgãos esponjosos, em forma de cone, localizados na cavidade torácica (tronco). O pulmão direito divide-se em três partes e o esquerdo em duas. Estas partes chamam-se lobos.



A principal função dos pulmões é receberem ar vindo do exterior, rico em oxigénio e eliminar para o exterior o ar rico em dióxido de carbono.


O que é o cancro do pulmão?

A maioria dos Cancros do Pulmão tem origem nos brônquios, embora também possa ter origem noutras partes do pulmão, como os bronquíolos e alvéolos. Em geral, o Cancro do Pulmão demora vários anos a formar-se. Muitas vezes, existem lesões pré-cancerosas. Estas, não são ainda tumores, não causam sintomas e não se vêm nos exames de imagem habituais. Com o tempo, estas lesões podem transformar-se em Cancro. Em determinado momento, passa a provocar sintomas e já pode ser visível nos exames disponíveis. Como nas fases iniciais, frequentemente, não apresenta sintomas, o Cancro do Pulmão muitas vezes é encontrado e detectado já numa fase mais avançada.


Quais os tipos de cancro do pulmão existentes?

Os tumores que têm origem no pulmão dividem-se em dois grupos principais: o Cancro do Pulmão de não-pequenas células (CPNPC) e o cancro do pulmão de pequenas células (CPPC), dependendo do aspecto das células envolvidas. Ocasionalmente, o tumor pode apresentar células dos dois tipos e, então, chama-se misto (situação rara).
É importante ter presente que cancros com origem noutros órgãos (ex.: mama, estômago, pâncreas, rim, etc.) e que metastizaram para o pulmão, não são cancros do pulmão e, como tal, devem ser tratados em função do órgão de origem.


Cancro do pulmão de não-pequenas células (CPNPC)

O CPNPC é o mais comum. Existem três sub-tipos. A sua designação provém do tipo de células onde o tumor se desenvolve:
· carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermóide: tende a localizar-se na zona mais central do pulmão, na proximidade de um grande brônquio e quase sempre está relacionado com o tabaco.
· adenocarcinoma: tende a ser encontrado mais na periferia do pulmão.
· carcinoma de grandes células: pode localizar-se em qualquer parte do pulmão e tende a crescer mais rapidamente e a ser mais agressivo.


Cancro do pulmão de pequenas células (CPPC)

Ocorre quase na totalidade em fumadores; regra geral, começa num brônquio central, cresce e metastiza rapidamente, antes de provocar sintomas específicos. Este facto é de extrema importância porque, na maioria dos casos, quando é feito o diagnóstico, já estão vários órgãos afectados.


Quais os factores de risco para ter cancro do pulmão?

Muitos factores de risco para ter cancro do pulmão estão relacionados com o uso de tabaco:

Fumo de tabaco: O risco de desenvolver cancro do pulmão nos fumadores é várias vezes superior ao dos não fumadores. Quanto maior a quantidade e o número de anos que se fuma, maior é o risco. A profundidade da inalação do fumo também pode ter importância. O fumo do tabaco contêm várias substâncias (carcinogéneos), que com o tempo vão danificando os pulmões, e levam ao aparecimento do cancro. Parar de fumar antes de ter cancro ajuda a reduzir significativamente o risco, porque os pulmões danificados vão-se reparando gradualmente. Os não fumadores que vivem com um fumador ou num ambiente de fumadores são chamados fumadores secundários, e têm um risco de vir a desenvolver a doença cerca de 20 a 30% maior.



Dado que o tabaco também é factor de risco para cancro de outros órgãos, deixar de fumar pode reduzir essa probabilidade.

RadiaçõesRadão: O radão é um gás radioactivo, invisível e sem cheiro que resulta da degradação do urânio existente em algumas rochas e solos de determinadas regiões.

Asbetos (Amianto): asbestos são fibras derivadas de minerais que existem naturalmente em algumas rochas – como a sílica – e que são usados em certas indústrias. As fibras de asbestos podem libertar-se e quando inaladas aumentam o risco de cancro do pulmão.

Poluição: foi identificada, ainda que não esteja bem definida, a possível ligação entre o cancro do pulmão e a exposição a certos poluentes do ar.

História pessoal e familiar: uma pessoa que já tenha tido cancro do pulmão tem maior probabilidade de desenvolver um segundo cancro do pulmão do que as que nunca tiveram.
Deixar de fumar, quando o cancro do pulmão é diagnosticado, pode diminuir a probabilidade de desenvolvimento de um segundo cancro do pulmão.


Quais os principais sinais e sintomas do cancro do pulmão?
· Tosse ou rouquidão persistente e que agrava com o tempo ( por mais de duas semanas).
· Tosse e expectoração com sangue.
· Dor persistente no peito.
· Falta de ar, tipo "asma" ou rouquidão.
· Nódulos ou inchaço na zona do pescoço e rosto.
· Infecções respiratórias repetidas, tamonia ou bronquite
· Perda de peso não justificada.
· Sensação de fraqueza ou fadiga.

A maioria destes sintomas são gerais e podem não estar relacionados com cancro. Regra geral, nas fases iniciais o cancro não provoca dor. Ao detectar um algum destes sintomas é importante a consulta imediata de um médico.


Quais os exames de diagnóstico para o cancro do pulmão?
Broncoscopia
: através deste exame, o médico pode recolher células ou pequenas amostras de tecido.

Biópsia aspirativa por agulha: permite a recolha de um fragmento de tumor.

Toracocentese: permite colher uma amostra de líquido, para procurar células cancerosas.

Toracotomia: consiste numa operação para diagnosticar o cancro.

Análises clínicas ou exames laboratoriais: as análises ao sangue, urina e outros fluidos, podem ajudar no diagnóstico de qualquer situação que não seja normal, permitem demonstrar como é que um determinado órgão está a desempenhar a sua função.

Exames imagiológicos
· Radiografia (raio-x): forma mais comum de ver os órgãos e ossos.
· TAC (tomografia computorizada): permite a obtenção de imagens detalhadas dos órgãos.
· Cintigrafia óssea: permite a obtenção de imagens do esqueleto através da introdução de uma pequena quantidade de substância radioactiva na corrente sanguínea.
· Mediastinoscopia: ajuda a determinar se o tumor metastizou para os gânglios linfáticos do tórax.
· Ultra-sons (ecografia): produz imagens dos órgãos existentes no interior do corpo através de ondas sonoras de alta frequência (ultra-sons).
· RM (ressonância magnética): são criadas imagens detalhadas do organismo através de ondas de rádio e de um íman.
· Estudo por PET (tomografia por emissão de positrões): permite ver a forma e função dos órgãos.

Biópsia: através da recolha de uma amostra de tecido, que é posteriormente examinado ao microscópio por um médico especializado, é possível diagnosticar o Cancro.


Tal como nos noutros tipos de Cancro, o tratamento do Cancro do pulmão depende do seu estadio. O importante é ter uma atitude positiva e lutar contra a doença.

Não te esqueças, a prevenção é a chave, diz NÃO ao Cancro!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Renove esta energia e ajude o IPO

O IPO de Lisboa é parceiro da Ecopilhas que durante o mês de Dezembro lança um peditório nacional de pilhas e baterias usadas. O resultado das recolhas angariadas na campanha reverte a favor do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, mais concretamente na aquisição de um Ecografo para o Serviço de Oftalmologia.

Neste Natal, existem vários pilhões espalhados pela escola, coloca lá as tuas pilhas e baterias usadas e ajuda o IPO! Cada pilha ou bateria usada que está esquecida em tua casa pode ajudar a salvar a vida de quem precisa!