sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Peditório nacional

Nos próximos dias 31 de Outubro, 1, 2 e 3 de Novembro a Liga Portuguesa Contra o Cancro realizará o seu peditório anual. Os voluntários estarão em locais como centros comerciais, igrejas, cemitérios, supermercados e ruas de comércio tradicional de diversas áreas geográficas.

Os fundos angariados anualmente garantem a continuidade das actividades e programas desenvolvidos pela Liga, nas áreas de prevenção primária e secundária do cancro, de apoio social e humanização da assistência ao doente e de formação e investigação em Oncologia.

Também é possível contribuir para esta causa através do NIB: 0007 0044 00005120006 74

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


O que é o cancro?

A palavra Cancro é uma designação que permite identificar genericamente, o vasto conjunto de doenças que são Tumores Malignos. Estes são muito diversos, com causas evolução e tratamento diferentes mas tendo em comum a divisão e o crescimento descontrolado das células.





As células do nosso organismo dividem-se periodicamente com a finalidade de substituir as já envelhecidas ou mortas e manter assim a integridade e o correcto funcionamento dos diversos órgãos.
O processo de divisão celular é regulado por uma série de mecanismos, quando estes mecanismos se alteram numa célula (devido a agentes carcinogéneos, como por exemplo, radiações ultravioletas do sol e agentes químicos), a divisão tornar-se descontrolada: a célula cancerosa e as suas descendentes dividem-se mais depressa do que as células dos tecidos adjacentes, formam uma massa volumosa e começam a abrir caminho por entre as células em redor (infiltração). Ao fim de algum tempo, as células cancerosas que romperam o seu tecido podem alcançar um vaso sanguíneo, onde pequenos grupos de células do cancro podem desligar-se e circular, depositando-se noutras partes do corpo, onde formam cancros secundários (metástases), este processo tem o nome de metastização.
Nem todos os tumores são cancros. Existem tumores benignos que não se espalham por metástases nem se infiltram nos tecidos adjacentes e tumores malignos, ao que chamamos cancro.


Tipos de Cancro

  • Carcinoma: é um tumor maligno que se origina na membrana que cobre os órgãos. Aproximadamente 80% dos tumores cancerígenos são carcinomas.

  • Melanoma: trata-se de um tumor maligno que tem origem nas células que produzem a coloração da pele. O melanoma é quase sempre curável quando detectado numa fase precoce. No entanto, é provável que se propague a outras partes do corpo.

  • Leucemia: popularmente conhecido como o cancro no sangue. As pessoas com leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos (leucócitos).

  • Linfoma: tem esta designação dado tratar-se do cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e pequenos vasos que existem em todo o corpo e cuja função é combater as infecções.

Estadiamento do cancro

De forma a planear o melhor tratamento para o cancro, é necessário saber qual a sua extensão (estadio). Normalmente o estadio baseia-se no tamanho e na disseminação (metastização) do tumor para os gânglios linfáticos e para outras regiões do organismo.
Estadio 0: a doença está confinada ao local do tumor primário;
Estadio I, II e IIIa: a doença está desenvolvida regionalmente e é provável que já tenha atingido os gânglios linfáticos;
Estadio IIIb e IIIc: a doença está localmente avançada e com probabilidade de vir a disseminar-se à distância;
Estadio IV: a doença está metastizada à distância.

Diagnóstico e detecção precoce

Embora não saibamos como evitar todos os tipos de cancro, alguns podem ser detectados precocemente, por forma a ser administrado o tratamento adequado. São métodos de detecção precoce: análises clínicas (sangue, urina e líquido pleural); testes de imagem (obtenção de imagens do interior do corpo); biópsia e estudo anatomopatológico (permite o estudo dos tecidos).
Em alguns países, onde um determinante tipo de cancro constitui um problema mais importante, estão a ser utilizados testes de rastreio. O teste mostra se há sinais de que a doença poderá vir a desenvolver-se, ou se já existe. Procura detectar a doença precocemente e aumentar assim a probabilidade de cura.


Tratamento
Depois do diagnóstico de Cancro, é normal atravessar-se um período de choque, stress e depressão. No entanto, é importante ter uma atitude positiva e lutar contra a doença.
Dependendo do tipo de Cancro e do seu estadio, existem vários tratamentos:

  • Cirurgia
    A cirurgia procura remover do corpo as células cancerosas, este método é muito eficaz quando o cancro é pequeno e ainda não se propagou. Até há pouco tempo, a cirurgia era o principal método de tratamento dos cancros, e continua a ser o método mais comum. As possibilidades de sobrevivência do doente têm aumentado devido a técnicas e processos altamente desenvolvidos e a melhores cuidados médicos. Além disso, melhores técnicas de reabilitação e cirurgia plástica ajudam os doentes que sofreram cirurgias por cancro a fazer uma vida relativamente normal.

  • Radioterapia
    A radioterapia é a segunda forma mais comum de tratamento, embora para alguns tipos de cancro não seja um método de tratamento adequado. Cerca de metade de todos os doentes de cancro recebem uma forma de radioterapia, seja isoladamente ou em combinação com outras formas de terapia. A radioterapia é particularmente útil quando o cancro está confinado a uma região do corpo, mas demasiado avançado para ser totalmente tratado através de cirurgia. A radiação pode também ser usada para aliviar a dor, fazendo diminuir o tamanho do tumor que está a exercer pressão sobre um nervo, por exemplo.

  • Quimioterapia
    A quimioterapia trata o cancro através do uso de produtos químicos (fármacos) destinados a interferir no crescimento e divisão das células malignas. Uma das grandes vantagens da quimioterapia é que ela consegue tratar cancros sistémicos (não localizados).

    Outros tratamentos:

  • Hormonoterapia: aplica-se nos tumores que crescem por estímulo de alguma hormona. Estes cancros são denominados hormono-dependentes e os mais representativos são o da mama e da próstata. Esta modalidade consiste na administração de determinados medicamentos anti-hormonais para deter ou diminuir o crescimento do tumor;

  • Imunoterapia: É um tratamento que consiste em utilizar o sistema de defesa (sistema imunitário) para destruir as células tumorais;

  • Radioterapia intraoperatoria: Consiste na administração da radiação durante a cirurgia, directamente na zona do tumor.

  • Radioterapia esterotáxica: Consiste na administração de forma muito precisa, de altas doses de radiação nas zonas muito pequenas;

  • Cirurgia a laser: Consiste na emissão de um raio de luz muito potente e focalizado, que permite a destruição do tumor. Aplica-se no tratamento de lesões pré-malignas ou como tratamento paliativo em alguns tumores.

Efeitos secundários gerais do tratamento do Cancro

Geralmente, qualquer tratamento para o Cancro apresenta efeitos secundários,pois é provável que afecte também as células e tecidos saudáveis e não apenas as células tumorais. Alguns efeitos secundários dependem, essencialmente, do tipo de tratamento e da sua extensão. O mesmo tratamento, administrado em pessoas diferentes, pode provocar efeitos secundários diferentes.Por outro lado, os efeitos secundários sentidos numa sessão de tratamento podem ser diferentes ou mesmo desaparecer, na sessão seguinte.